É, estás certo. Só não o quis admitir porque o meu orgulho não deixou. Estou mesmo dependente de ti. Mas não o acho tão anormal assim, nem tu achavas, há uns tempos. Como é que pode ser anormal? Costumávamos falar todos os dias a toda a hora, costumávamos ser o apoio um do outro, costumávamos ser um do outro, sempre, sem qualquer interferência. Isso fez-me ser uma parte de ti e com que fosses uma parte de mim, daí a dependência. Daí eu preferir estar contigo mais vezes do que com as minhas amigas e amigos. Desculpa. Desculpa se isso te incomoda tanto assim. Tenho pena, porque costumavas gostar. Mais uma coisa que mudou. Todos os dias descubro uma nova. Isto deixa-me tão triste, tão cansada de procurar fazer tudo para ser a melhor e te agradar e não conseguir perceber quem queres que eu seja. Está difícil de continuar. Há uns dias parecia que estava tudo a ir para os seus lugares convenientes, comecei a sentir-te mais próximo, a querer tanto que resulte como eu. Mas durou pouco. Já te sinto a desistir, de novo. E desculpa também por isto. Por não ter sido suficiente, por ter deixado que deixasses de ser louco por mim e por ter dado razões para que desistisses de mim, como disseste.
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